terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ser digna de confiança - Valor Integridade

Na mutual desta semana reforçamos o que as moças aprenderam na aula do domingo anterior sobre "ser digna de confiança" e para isso pedimos para que elas cumprissem a meta 4 do Valor Integridade: "Procure a palavra integridade no dicionário. Entreviste sua mãe, avó ou outra mulher que você admire, sobre sua compreensão e aplicação dessa palavra. Faça uma lista de maneiras pelas quais você pode tornar suas ações compatíveis com o seu conhecimento do certo e do errado e registre no diário o que significa para você ter integridade."


Aqui estão algumas das definições dadas: retidão, honradez, pureza intacta, sinceridade, ser verdadeiro, justo, que tem caráter, dignidade e confiável.
Uma das princesas, a Carina, entrevistou sua mãe sobre a compreensão desta palavra: "Ser íntegro é ser completo, é conseguir viver todos os princípios do evangelho. Não podemos ser meio honestos, pagar meio dízimo, guardar meia palavra de sabedoria. A integridade é conquistada no decorrer de nossa vida".

Uma mulher das escrituras que foi um grande exemplo de integridade e confiança foi Ester, tanto em confiar no Senhor quanto em ser íntegra e confiável aos olhos do rei Assuero. Sua história é contada na Bíblia:

"Vários anos após Jerusalém ter sido conquistada e os judeus terem sido levados para a Babilônia, uma jovem judia chamada Ester teve oportunidade de prestar um grande serviço a seu povo. Ester era uma mulher bonita; porém, muito mais importante do que isso, ela era fiel, humilde e corajosa. Essa jovem foi tão extraordinária que "alcançava graça aos olhos de todos quantos a viam". (Ester 2.15) No quinto ano de seu reinado, Assuero, rei da Pérsia e da Média, queria encontrar uma rainha para o seu país. (Ver Ester 2:3-4.) Mardoqueu, que era primo de Ester e a criara depois que os pais dela haviam morrido, trabalhava no palácio do rei e levou-a para lá. (Ver Ester 2:5, 7-8.) As extraordinárias qualidades de Ester impressionaram o rei, e ele “amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e [ela] alcançou perante ele graça e benevolência (...); e pôs a coroa real na sua cabeça, e a fez rainha (.. .)" (Ester 2:17)
Em poucos anos, Ester enfrentou um grande teste de fé e confiança em Deus. Hamã, poderoso conselheiro do rei, ficou zangado quando Mardoqueu não quis prostrar-se diante dele. Hamã quis matar Mardoqueu e mentiu para convencer o rei de que todos os judeus do reino deveriam ser destruídos. (Ver Ester 3:2-6, 8-9.)
O rei enviou mensageiros por todas as províncias, dizendo que todos os judeus deveriam ser mortos. (Ver Ester 3:13.) Houve grande tristeza entre os judeus, e a rainha Ester enviou um servo a Mardoqueu a fim de saber o que acontecera. Depois de explicar sobre o plano de destruição perpetrado por Hamã, Mardoqueu enviou uma mensagem pedindo veementemente à Ester que fosse falar com o rei e implorasse em favor de seu povo. (Ver Ester 4:1-3; 5, 7-8.)
O pedido atemorizou Ester. O rei promulgara uma lei de que toda pessoa que entrasse no pátio interior sem ser chamada poderia ser sentenciada a morte pelo rei. (Ver Ester 4: 11.) Quando Ester enviou suas palavras a Mardoqueu, dizendo que era perigoso para ela dirigir-se ao rei, Mardoqueu replicou que ela estava em posição de salvar seu povo da destruição: “(...) Quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?" (Ester 4:14) Ester enviou outra mensagem a Mardoqueu, pedindo-lhe, bem como a todos os outros judeus, que se unissem a ela em três dias de jejum e oração. Terminados esses três dias, Ester buscaria o favor do rei. (Ver Ester 4:16.)
Ester não contara ao rei Assuero que era judia, portanto, ele não sabia que seu decreto poderia significar a morte da esposa também. (Ver Ester 2:10.) Após orar e jejuar, pedindo apoio e inspiração, Ester entrou no pátio interior do palácio para falar com o rei. Assuero levantou o cetro para indicar que Ester era bem-vinda e, depois, prometeu-lhe que concederia qualquer coisa que ela pedisse. (Ver Ester 5:1-3.) O pedido de Ester foi simples: ela convidou Assuero e Hamã para um banquete. No banquete, Assuero perguntou novamente a Ester o que poderia fazer por ela. Desta vez, ela respondeu: “[de-me] a minha vida como minha petição, e o meu povo como meu desejo". (Ester 7:3) Quando o rei ouviu tudo o que Ester tinha a lhe dizer, decretou que Hamã fosse enforcado na forca que o próprio Hamã fizera para enforcar Mardoqueu. (Ver Ester 7:5-9.)
Ester confiou no Pai Celestial quando arriscou a vida indo falar com o rei Assuero. Devido a sua fidelidade e ao jejum e as orações dos judeus na Pérsia, eles foram salvos da destruição e abençoados com mais prosperidade na terra. (Ver Ester 10:3.)"


Pedimos então, para uma irmã da nossa estaca, a irmã Célia Ávila, contar essa história para as princesas, e ela fez isso brilhantemente! Além de contar a história com detalhes, ressaltou a importância das moças permanecerem íntegras e sempre serem confiáveis, assim como Ester foi.









Para finalizar, utilizamos as palavras proferidas pelo Élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze Apóstolos, na conferência de maio de 2010, sobre "Nosso Dever para com Deus: A Missão dos Pais e Líderes para com a Nova Geração":


Para todos nós, o cumprimento de nosso dever para com Deus como pais e líderes é algo que começa pelo exemplo — pela aplicação constante e diligente dos princípios do evangelho no lar. Isso exige determinação diária e diligência.
Para os jovens, nada substitui o exemplo que damos na aplicação prática diária do evangelho. Os jovens guerreiros não tiveram que se perguntar se os pais deles acreditavam. Disseram: “Não duvidamos de que nossas mães o soubessem” (Alma 56:47–48). Será que nossos filhos sabem que sabemos?
Além de mostrar o caminho para os jovens pelo exemplo, nós os conduzimos quando compreendemos o coração deles e trilhamos com eles o caminho do evangelho. Para realmente compreender o coração deles, precisamos fazer mais do que apenas estar no mesmo lugar ou participar das mesmas atividades em família ou na Igreja. Precisamos planejar e aproveitar momentos de ensino que deixem uma impressão marcante e duradoura na mente e no coração deles.
Os líderes da Igreja, por exemplo, planejam regularmente atividades do sacerdócio, acampamentos e reuniões de escotismo, mas será que essas atividades sempre cumprem seu propósito mais importante? Aprendi que o que torna uma atividade do sacerdócio ou escotismo mais significativa para um rapaz não é receber um prêmio, mas, sim, ter a oportunidade de sentar-se e conversar com um líder que está interessado nele e na vida dele.
Da mesma forma, mães e pais, ao levar seus filhos para a escola ou para suas várias atividades, será que vocês aproveitam o tempo para conversar com eles sobre as esperanças, sonhos, temores e alegrias que eles têm? Vocês se dão ao trabalho de fazer com que eles tirem do ouvido os fones de seus MP3 ou de qualquer outro aparelho para que eles possam ouvi-los e sentir seu amor? Quanto mais eu vivo, mais me dou conta de que os momentos de ensino da minha juventude, especialmente os que meus pais me proporcionaram, moldaram minha vida e me tornaram quem sou hoje.
É inestimável a influência de pais que compreendem o coração dos filhos. As pesquisas mostram que nas transições mais importantes da vida — inclusive nos períodos em que os jovens têm maior tendência de se afastar da Igreja — a maior influência não decorre de uma entrevista com o bispo ou com outro líder, mas, sim, da constante, calorosa, amorosa e terna interação com os pais.
Para que nossas interações com os jovens realmente toquem o coração deles, temos que dar atenção a eles, assim como damos atenção a um colega adulto de confiança ou a um amigo chegado. O mais importante é que façamos perguntas, deixemos que falem, e depois, tenhamos a disposição de ouvir — sim, ouvir — e ouvir um pouco mais, com nossos ouvidos espirituais! Há vários anos, eu lia o jornal quando um de meus netos foi sentar-se a meu lado. Enquanto eu lia, fiquei feliz em ouvir sua doce voz tagarelando ao fundo. Imaginem minha surpresa quando, de repente, ele se interpôs entre o jornal e eu. Segurou meu rosto com as mãos, encostou o nariz no meu e perguntou: “Vovô! Você está aí?”
Mãe, pai, vocês estão aí? Vovô, vovó, vocês estão aí? Estar significa compreender o coração de nossos jovens e conectar-nos com eles. E conectar-nos com eles significa não apenas conversar com eles, mas também realizar atividades com eles.
Recentemente, ouvi uma mãe contar como ela havia ajudado suas três filhas mais velhas a completar os requisitos do Progresso Pessoal, fazendo o que era esperado — procurando manter-se informada e assinando os projetos. Depois, explicou ternamente, com lágrimas a lhe escorrer pelo rosto: “Recentemente tenho trabalhado com minha quarta filha fazendo os projetos junto com ela. Isso fez toda a diferença em nossa vida e em nosso relacionamento. Mas, oh, que grande tristeza sinto quando me dou conta do que perdi por não ter feito isso com as outras três filhas”. As mais tristes palavras proferidas ou escritas são: “Poderia ter sido”.
Os membros adultos da Igreja devem compreender que os requisitos do Progresso Pessoal e do Dever para com Deus não são apenas uma longa lista de verificação. São metas pessoais que cada rapaz e cada moça estabelecem e que os ajudam a tornarem-se dignos de receber as ordenanças do templo, de servir em uma missão, de casar-se para a eternidade e de desfrutar da exaltação. Mas entendam isto: Deixar que os rapazes e as moças tentem cumprir essas metas sozinhos é uma grande perda e uma tragédia!
Pais, mães e líderes dos jovens, rogo que participem do Progresso Pessoal e do Dever para com Deus com seus filhos e com os jovens. Não somente eles vão crescer, mas vocês também. E igualmente importante: vocês vão crescer junto com eles, formando um vínculo de fé e amizade que lhes permitirá fortalecerem-se mutuamente e permanecerem para sempre no caminho do evangelho, de modo a realmente se tornarem uma família eterna.
Uma parte igualmente importante no cumprimento de nosso dever para com Deus como pais é ensinar o evangelho a nossos filhos e prepará-los para que participem plenamente da Igreja restaurada do Salvador. Lembrem-se da lição do povo do rei Benjamim. Como resultado de seus ensinamentos, muitos dos adultos sentiram uma mudança no coração (ver Mosias 5:2). Mas lemos depois que “havia muitos da nova geração que não podiam compreender as palavras do rei Benjamim, pois eram criancinhas na época em que ele falara a seu povo; e não acreditavam. (…) E seu coração estava endurecido” (Mosias 26:1, 3).
É nosso premente dever ajudar os jovens a compreender o evangelho e a acreditar nele de forma pessoal e profunda. Podemos ensiná-los a andar na luz, mas essa luz não pode ser emprestada. Eles precisam conquistá-la pessoalmente. Precisam obter sua própria luz do testemunho diretamente da fonte de luz espiritual, que é Deus, por meio da oração, do estudo e da reflexão. Precisam compreender quem são e o que Pai Celestial deseja que eles se tornem. Como vamos ajudá-los?
Quando realizamos uma reunião familiar, um conselho de família ou uma conversa significativa sobre o evangelho com nossos filhos, temos a oportunidade de olhar nos olhos deles e dizer que os amamos e que o Pai Celestial os ama. Nesses momentos sagrados, podemos também ajudá-los a compreender, do fundo do coração, quem eles são, e quão afortunados são por terem nascido nesta Terra e em nosso lar e por participarem dos convênios que fizemos no templo para que sejamos uma família eterna. Em toda interação que compartilhamos, demonstramos os princípios e bênçãos do evangelho.
Nestes tempos perigosos não é suficiente que nossos jovens apenas saibam. Eles precisam fazer. A participação plena e de boa vontade nas ordenanças, nos quóruns e nas auxiliares, nos programas inspirados e nas atividades fortalecedoras ajuda nossos jovens a vestir toda a armadura de Deus. Vamos ajudá-los a vestir essa armadura para que consigam resistir aos dardos inflamados do adversário. Para que realmente escolham o caminho do Senhor, eles precisam conhecer esse caminho. E para que realmente conheçam o caminho Dele, precisamos ensiná-los e liderá-los a agir, a participar e a fazer.
O maior trabalho missionário que faremos será em nosso próprio lar. O lar, os quóruns e as classes fazem parte de nosso campo missionário. Nossos filhos e netos são nossos pesquisadores mais importantes.
O maior trabalho de história da família que faremos será em nosso próprio lar. É a preparação de nossos filhos da nova geração que vai garantir, por meio de sua obediência, a preservação e perpetuação eterna de nossa família nas gerações vindouras.
O maior trabalho de resgate e ativação que faremos será em nosso lar. Se um membro de sua família estiver vagando por caminhos estranhos, vocês são salvadores, engajados no maior trabalho de resgate que a Igreja já teve. Testifico por experiência própria: não existe fracasso a não ser quando desistimos. Nunca é cedo demais nem tarde demais para começar. Não se preocupem com o que aconteceu no passado. Peguem o telefone. Escrevam um bilhete. Façam uma visita. Convidem-nos a voltar para casa. Não tenham medo nem vergonha. Seu filho é filho do Pai Celestial. Vocês estão fazendo a obra Dele. Ele prometeu reunir Seus filhos. E Ele está ao lado de vocês.
A maior fé que exerceremos será em nosso próprio lar, se permanecermos firmes nas provações e tribulações da paternidade e da maternidade. O Presidente Monson disse recentemente a um pequeno grupo de mães: “Às vezes fazemos um julgamento apressado do efeito de nossos sucessos e fracassos”. Quero acrescentar: não considerem eternas as provações que enfrentam hoje. O Pai Celestial realiza Sua obra a longo prazo. “Muito há no futuro”, disse o Profeta Joseph Smith. “Portanto (…) façamos alegremente todas as coisas que estiverem a nosso alcance; e depois aguardemos, com extrema segurança, para ver a salvação de Deus e a revelação de seu braço”(D&C 123: 15, 17).

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